Na tarde desta sexta-feira, 23 de maio de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçou prender por desacato o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo durante uma audiência relacionada à investigação sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Aldo Rebelo foi convocado como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier. Durante o depoimento, Rebelo comentou sobre uma suposta declaração de Garnier, que teria colocado as tropas da Marinha "à disposição" do então presidente Jair Bolsonaro. Rebelo argumentou que essa expressão poderia ser interpretada como uma "força de expressão" e não deveria ser tomada literalmente. O ministro Moraes interrompeu o depoimento e questionou se Rebelo estava presente na reunião em que a declaração foi feita. Diante da resposta negativa, Moraes afirmou que Rebelo não tinha condições de avaliar o contexto da fala e pediu que se ativesse aos fatos. Rebelo respondeu que sua apreciação da língua portuguesa era própria e que não admitia censura. Em resposta, Moraes advertiu: "Se o senhor não se comportar, será preso por desacato". Após esse momento de tensão, a audiência prosseguiu sem maiores incidentes. Rebelo esclareceu que, na estrutura das Forças Armadas, decisões como a mobilização de tropas não podem ser tomadas unilateralmente por um comandante, pois dependem de uma cadeia de comando específica.
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