Em 2024, juízes atuando nas 50 cidades mais pobres do Brasil receberam supersalários acima do teto constitucional — alguns chegando a R$ 111 mil mensais — enquanto os orçamentos municipais para áreas como saneamento, agricultura e assistência social somavam valores bem inferiores. No Maranhão, que concentra a maioria desses municípios, magistrados como Nivana Guimarães e Rodrigo Terças embolsaram até oito vezes mais que o teto, superando gastos municipais inteiros. No Amazonas, casos semelhantes ocorreram em cidades como Santa Isabel do Rio Negro. Apesar de os tribunais alegarem que os valores são indenizatórios e legais, especialistas alertam que tais remunerações desequilibram as contas públicas, reforçam desigualdades e comprometem o financiamento de serviços essenciais. Segundo o CNJ, os penduricalhos dos 11 magistrados somaram R$ 637 mil só em valores acima do teto. Estimativas apontam que os R$ 11,1 bilhões gastos com supersalários em 2023 poderiam ter custeado milhões de benefícios sociais, bolsas de estudo e unidades básicas de saúde.
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