
O delegado Bernardo Leal Annes Dias, herói da Polícia Civil do Rio de Janeiro, teve uma das pernas amputada após ser brutalmente baleado durante a megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão. Enquanto combatia criminosos fortemente armados, Bernardo foi atingido por tiros de fuzil, símbolo da ousadia e do poder bélico das facções que há anos transformaram comunidades inteiras em territórios sem lei. A imagem do delegado sendo carregado por colegas em meio aos becos do morro escancara a realidade ignorada por muitos: no Brasil, quem defende a lei sangra em silêncio, enquanto o crime ostenta poder e proteção ideológica.
A amputação de sua perna não é apenas um drama pessoal — é um retrato doloroso da inversão de valores que o país vive. Policiais arriscam a vida todos os dias, mas parte da classe política e da imprensa prefere dar voz aos criminosos e questionar as operações, em vez de exaltar a coragem de quem enfrenta o terror de frente. Bernardo sobreviveu, mas sua história ecoa como denúncia: o Estado brasileiro abandonou seus defensores e alimenta, com omissão e discurso hipócrita, o império do medo nas favelas.
Drykarretada!