Governadores de sete unidades federativas anunciaram a criação do chamado “Consórcio da Paz”, uma iniciativa de cooperação interestadual para troca de informações, tecnologia e efetivo entre as forças de segurança. A proposta — apresentada em coletiva no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, com a presença dos governadores Cláudio Castro, Ronaldo Caiado (Goiás), representantes de Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal (representado pela vice-governadora Celina Leal) e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por videoconferência — prevê centralizar no Rio a sede de coordenação e ampliar o compartilhamento de dados de inteligência entre os estados que já aderiram. Segundo Caiado, o Rio de Janeiro se tornou “ponto central” de coordenação de ações do Comando Vermelho, o que justificaria a articulação de outras unidades da federação.

Ainda sem regulamentação definitiva, o consórcio deverá detalhar posteriormente as formas de atuação e a participação de novos estados; uma nova reunião já foi prometida para ampliar convites a interessados. A iniciativa surge na esteira da megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, que motivou apoio entre governadores — em sua entrevista, Caiado destacou que o consórcio terá fases: inicialmente a troca de informações e, depois, ações operacionais conjuntas para enfrentar crimes como roubos a bancos, assaltos a carro-forte e o tráfico de armas e drogas. Não ficou claro, por enquanto, como o consórcio dialogará com iniciativas federais anunciadas para o combate ao crime organizado.

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