
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou 69 pessoas acusadas de integrar uma rede de tráfico de drogas que atua nos complexos da Penha e do Alemão. A denúncia, obtida pela GloboNews, deu origem à megaoperação policial deflagrada recentemente nas comunidades. Segundo o MP, o grupo criminoso possuía estrutura hierarquizada, com funções bem definidas — de chefes a soldados armados —, e utilizava recursos tecnológicos para coordenar ações e expandir o domínio territorial.
As investigações revelaram que a facção mantinha grupos de WhatsApp para distribuir ordens, controlar a venda de drogas, escalar turnos e até determinar execuções. Entre os denunciados está Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, apontado como chefe do Comando Vermelho nas duas comunidades, atualmente foragido. O MP divulgou um cartaz oferecendo recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à sua captura. De acordo com a denúncia, o grupo também usava empresas de fachada, como pizzarias, para lavagem de dinheiro, além de gravar vídeos de torturas e assassinatos para demonstrar poder e intimidar rivais.
O documento detalha ainda que adolescentes eram recrutados para atuar nos pontos de venda e que líderes como “Gardenal” e “BMW” desempenhavam papéis centrais na organização bélica do tráfico — o primeiro controlando armamentos e o segundo treinando novos integrantes. As imagens anexadas à investigação mostram traficantes ostentando armas de guerra e joias, evidenciando o poder financeiro da quadrilha. O inquérito foi conduzido pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e deu origem à denúncia formal apresentada pelo GAECO do Ministério Público, responsável por coordenar as ações de combate ao crime organizado no estado.
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