
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, jurado de morte pelo PCC há mais de uma década, reafirmou a urgência de proteção estatal a ele e a outros agentes que enfrentam o crime organizado. Em coletiva nesta sexta-feira (24), Gakiya revelou que a facção chegou a alugar uma casa próxima à sua residência e a usar drones para monitorá-lo. Segundo ele, o Estado tem o dever de garantir a segurança dos servidores públicos que combatem o crime, e deixar o país após a aposentadoria seria um símbolo da falência nacional nesse enfrentamento. O diretor de presídios de São Paulo, Roberto Medina, também está na mira do grupo criminoso, mesmo após mais de 30 anos de serviço.
A nova operação do Ministério Público revelou a existência de uma célula do PCC especializada em planejar atentados contra autoridades, com estrutura compartimentada e rigorosa disciplina, dificultando a detecção de suas ações. Essa mesma estrutura teria emitido o “salve” que ordenou o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, morto em emboscada na Praia Grande. Gakiya defendeu mudanças legais e a criação de uma agência nacional de segurança integrada, alertando que, sem coordenação entre as forças policiais, o país continuará vulnerável diante do crime organizado.
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