Na abertura da 10ª reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o chamado Banco dos Brics, nesta sexta-feira (4), o presidente Lula (PT) voltou a defender uma nova moeda para transações comerciais entre os países do bloco — formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ela não parece entender bem do assunto e entrou para a História como a chefe de governo que quase quebrou o Brasil. A proposta faz parte de um esforço mais amplo do grupo para “reduzir a dependência do dólar” nas trocas internacionais.
“Essa discussão é extremamente importante, É complicado, tem problemas políticos, eu sei. Mas, se a gente não encontrar uma nova fórmula, vamos terminar o século 21 como começamos o século 20, e isso não será benéfico para a humanidade”, afirmou Lula. Durante o evento, realizado em São Paulo, o petista fez um discurso crítico às instituições financeiras tradicionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), e defendeu reformas que deem mais voz aos países em desenvolvimento. Para Lula, a questão vai além da economia: é essencialmente política.
“Eu vou completar 80 anos no dia 27 de outubro. E eu queria dizer para vocês: o nosso problema não é só econômico, é político. Há muito tempo eu não via o mundo tão carente de lideranças. Nossa ONU está insignificante”, destacou.
Lula elogiou a atuação do NDB, presidido pela ex-presidente petista Dilma Rousseff, destacando o foco da instituição no uso de moedas locais e no financiamento de projetos sustentáveis. Segundo ele, o banco tem priorizado iniciativas voltadas ao chamado “Sul Global”, reforçando a importância de um modelo de desenvolvimento mais justo e ambientalmente responsável. O petista ainda sugeriu que Dilma abra diálogo com outros bancos multilaterais para impulsionar a pauta da nova moeda comercial, um tema que ainda enfrenta resistências políticas internas e externas.
“É por isso que essa discussão sobre uma nova moeda é urgente. Precisamos pensar em alternativas que valorizem as economias locais e reduzam as amarras impostas por um sistema que beneficia poucos.”
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