O colapso anunciado do Samu em Minas Gerais expõe, de forma alarmante, a incapacidade do poder público de garantir o mínimo funcionamento de um serviço essencial que salva vidas todos os dias. O déficit de R$?56,8 milhões não surgiu do nada: é fruto de anos de repasses insuficientes, má gestão e promessas vazias de investimentos que nunca se concretizam. Enquanto autoridades estaduais e federais trocam justificativas e empurram responsabilidades, quase 800 cidades correm o risco de ficar sem atendimento de urgência, condenando pacientes a esperar por ambulâncias quebradas e equipes desvalorizadas que sequer recebem salários dignos. É inaceitável que, em pleno 2025, a população mineira veja o socorro virar moeda de barganha política, transformando cada chamado ao 192 num ato de sorte. O Samu não pode ser tratado como um favor; é obrigação do Estado assegurar que ninguém morra por descaso, falta de remédio ou omissão administrativa.
Drykarretada!