A tragédia na Barra do Ceará escancarou o que muitos já sussurravam: os criminosos agora usam farda e entram em campo como se fossem titulares da segurança pública. Enquanto quatro vidas eram ceifadas num society de horror, a cúpula da segurança assistia – de longe; e de olhos vendados?. Só agora, com corpos no chão e manchetes gritando, o governador Elmano resolveu dobrar operações, horas extras e promessas.
Mas fica a dúvida: onde estavam os comandantes, secretários e chefes todos antes da bola rolar para a barbárie? Não viram? Não quiseram ver? Ou estão reféns de um sistema que prefere obedecer ordens políticas a agir com autonomia? Se for incompetência, é grave. Se for subserviência, é pior. O que não dá é pra fingir surpresa quando o caos já virou rotina.
Resumo da ópera: em Fortaleza, quem apita o jogo parece ser o crime – e o Estado, no máximo, corre atrás da bola furada.
Drykarretada!