A senadora Soraya Thronicke (Pode-MS) defendeu a prorrogação das atividades da CPI das Bets, que apura possíveis crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio de plataformas de apostas online. Ao Diário do Poder, a parlamentar demonstrou insatisfação com o período que a comissão foi prorrogada nesta quarta-feira (30), 45 dias.

“A CPI foi aberta formalmente para funcionar por 130 dias, prorrogáveis por mais 130 dias, ou seja, prorrogável pelo mesmo período. Ocorre que nós enfrentamos muitas dificuldades com pessoas extremamente poderosas”, disse a senadora ao citar atuação política para impedir a oitiva de pessoas na comissão.

“Eu fiz todos os requerimentos, independente de famoso ou não, inclusive a própria CBF. O Ednaldo [Rodrigues, presidente da CBF] eu não consigo pautar o pedido de oitiva dele. Tem muita gente protegida e eu estou tendo muita dificuldade”, segue a parlamentar. Soraya diz ainda que os trabalhos da CPI foram comprometidos ao ficarem suspensos por 36 dias. A suspensão ocorreu após pedido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A senadora explica que pediu a suspensão da contagem do prazo da CPI pelo período em que não houve atividades, além da prorrogação dos trabalhos por 130 dias.

“Em uma reunião de líderes resolveram, sem me consultar, sem absolutamente nada, prorrogar por 45 dias. Eu assinei por uma questão de ser o mínimo que poderia acontecer. É uma questão complexa e nós precisamos que seja prorrogado por mais do que esses 45 dias”, contou a senadora. A parlamentar diz ainda que há muito material recebido do COAF que precisa ser analisado, como relatórios de informação financeira que precisam ter os dados cruzados.

“É um vício invisível que está 24 horas na casa das pessoas, infelizmente”, alertou a senadora.

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