A Defensoria Pública da União (DPU) tenta negociar com a Procuradoria-Geral da República (PGR) os termos do Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) para Flávio Soldani, morador de rua de 58 anos, preso após os atos de 8 de janeiro. Sem motivação política, Soldani frequentava os acampamentos próximos ao Quartel-General de Brasília apenas para se alimentar e dormir, pois, vindo de Natal (RN) em busca de uma nova vida, não conseguiu se manter na capital federal. Ele foi detido pela polícia no dia seguinte ao protesto na Praça dos Três Poderes, e atualmente estava com tornozeleira eletrônica.
Soldani foi ouvido pelo magistrado que trabalha com Moraes, depois de ter sido preso preventivamente no domingo 16, na cidade de São Paulo. O homem esteve na manifestação pela anistia, na tentativa de conseguir uma oportunidade de emprego fixo, devido à trajetória malsucedida com bicos, desde que saiu da Papuda, onde ficou 11 dias. Um policial na Avenida Paulista, contudo, acabou levando Soldani a uma delegacia ao receber uma denúncia anônima. Os agentes constataram que havia um mandado de prisão expedido pelo STF, em virtude de violações de cautelares. O homem justificou o descumprimento: “Não tenho endereço fixo, por morar na rua”. Sobre questionamentos acerca da tornozeleira, informou que o equipamento apresentou problemas que dificultavam até mesmo ser carregada na tomada.
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