Sempre é bom tomar cuidado, quando se fala hoje em dia de Donald Trump e de outros indivíduos que pensam mais ou menos como ele – sobretudo se vêm adquirindo o péssimo hábito de ganhar eleições livres. O ministro Alexandre de Moraes, o Advogado-Geral da União e o PGR, no mínimo, vão estar de gravador ligado para verificar, com o auxílio das agências de checagem, se você ficou dentro dos paradigmas exigidos hoje para ser considerado um homem justo e temente às instituições democráticas. É obrigatório, sempre, dizer que eles são a pior ameaça que a humanidade já enfrentou em toda a sua passagem pela Terra.
SEM PERGUNTAS – Não pense, mais do que tudo, em fazer perguntas. Se Trump ganhou as eleições americanas, e se as eleições americanas não têm nada a ver com a fraude que são eleições na Venezuela, por exemplo, não se poderia pensar, só pensar, que a maioria da população quis que ele fosse presidente? Daria para explicar como o cumprimento da vontade dos eleitores poderia ser uma coisa ruim? Por que eleições limpas, nos Estados Unidos e outros países do mundo livre, são descritas hoje como uma “ameaça” à democracia? Nada disso está sujeito a debate. Trump, e quaisquer políticos de direita, sem exceção – atualmente, todos aqueles que não concordam com o pensamento proposto ou imposto pela esquerda – têm de ser chamados de “fascistas”, “nazistas” ou “neo” uma coisa ou outra.
EXTREMA ESQUERDA – Foi extinta do atual léxico democrático, à la STF-AGU-PGR e etc., a noção de direita política. Só existe a “extrema direita”. Trump é de extrema direita. Javier Milei é de extrema direita. Giorgia Meloni é de extrema direita. Viktor Orban é de extrema direita. Em compensação, não existe, nem a pau, a extrema esquerda. Nos casos de ditaduras absolutas que se descrevem como “socialistas” ou algo assim, o máximo que o pensamento único admite é “regimes autoritários”. Todos os governos que têm como sua prioridade máxima o “enfrentamento da direita”, tipo o do Brasil de hoje, são chamados automaticamente de “democráticos”, a começar por eles mesmos.
MUNDO EM PERIGO – É um ponto inegociável de sua doutrina avisar o tempo todo que o mundo está em perigo de morte porque a “extrema direita” neofascista ou neonazista pode ganhar eleições, como nos Estados Unidos. Mas se a “extrema direita” ganhou e pode ganhar eleições livres – sem a “Suprema Corte” da Venezuela que, a horas tantas, anuncia: “Nós ganhamos” –, qual poderia ser o problema para a democracia? Democracia não é isso mesmo? Quem ganha as eleições, desde que as eleições sejam honestas, vai para o governo. Quem perde vai para a oposição. Deveria ser assim, mas nada disso está valendo mais. No regime Lula-STF-PGR-AGU-PT-Psol-PF-MP-etc. o sujeito precisa de uma certidão negativa de “fascismo” para ter direitos políticos.
RELIGIÃO OFICIAL – Virou a religião oficial do Estado brasileiro, como o islamismo no Irã, e por conta dos seus mandamentos é compulsório ser “contra o Trump” para não entrar na lista negra do ministro Moraes, das classes culturais e da maior parte da mídia. Não faz nexo, porque “o Trump” não é responsável por rigorosamente nenhum problema do Brasil – nem ele e nem as big techs, promovidas pelo regime Lula-STF ao pódio dos principais inimigos do País e do gênero humano. Mas é assim. Donald Trump não tem absolutamente nada a ver, por exemplo, com os 35.000 assassinatos que o Brasil registrou em 2024 – um escândalo que faz o País um dos mais violentos do mundo, e atesta que o Estado brasileiro não tem competência sequer para garantir a vida de seus cidadãos.
MAZELAS DEMAIS – Qual é a sua culpa pelo fato de o Brasil ser um dos maiores campeões mundiais nos testes de semianalfabetismo – se não foi ele e nem Elon Musk, ou Mark Zuckerberg, que governaram o País durante 16 dos últimos 22 anos, e sim o PT? É “o Trump” que destrói a Amazônia? A lista vai por aí afora. Pegue um problema qualquer do Brasil, qualquer um – se existe alguma coisa da qual você pode ter certeza integral é que nenhum deles foi causado por Trump, ou pelos Estados Unidos, ou pelos “bilionários” das redes sociais. É tudo produto nacional, legítimo, e olhando para quem governou o País de 2003 para cá, dá para você ter uma boa ideia de onde vem o prejuízo.
Drykarretada!